O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta 6ª feira (27.dez.2019) a liderança do partido conservador-nacionalista Likud. Ele obteve 72% dos votos nas eleições internas, em comparação ao adversário Guideon Saar, que não ultrapassou os 30%.
Netanyahu proclamou a vitória antes da contagem final, na qual mais de 41,7 mil eleitores optaram por sua candidatura, apesar de ele enfrentar denúncia por propina e fraude. Saar obteve 15.885 votos.
“Com a ajuda de Deus e de vocês, levarei o Likud a uma grande vitória nas próximas eleições e continuarei a conduzir o Estado de Israel a realizações sem precedentes”, disse Netanyahu, durante a apuração, uma hora após o encerramento das urnas. Pouco tempo depois, Saar aceitou a derrota e anunciou que apoiará Netanyahu nas eleições de março.
O deputado Saar foi ministro da Educação e dos Assuntos Internos em governos de Netanyahu. Ele tinha poucas chances de vencer as primárias, que acabaram sendo encaradas como uma espécie de referendo da popularidade de Netanyahu.
Após a vitória, Nentayahu pareceu aparentemente emocionado, depois de não ter sido capaz de formar 1 governo após as eleições de abril e setembro, além de ter sido acusado de suborno, fraude e abuso de confiança.
Embora sua situação legal não garanta que ele também possa revalidar sua posição como primeiro-ministro, uma vez que não está claro se 1 réu pode receber o mandato de formar 1 governo, uma dúvida sobre a qual o Supremo Tribunal e o procurador-geral da República decidirão na próxima semana.
No dia 12 de dezembro, os advogados de Netanyahu anunciaram que o primeiro-ministro iria deixar as pastas que acumulava no Executivo Saúde, Agricultura e Diáspora, mas que se manteria como chefe do governo. O anúncio ocorreu 1 dia depois dos deputados israelenses terem aprovado a dissolução do Parlamento e convocado novas eleições legislativas para 2 de março, as terceiras no período de 1 ano.
Netanyahu e outros líderes partidários têm encontrado dificuldades para formar uma coalizão de governo diante da fragmentação do Parlamento do país.
Netanyahu lidera o Likud desde 1993 –com exceção de 1 intervalo de seis anos quando o partido foi comandado pelo falecido Ariel Sharon– e é o chefe de governo com mais tempo no poder na história de Israel.
JPS/efe/afp